AC TÓRTORO NO LANÇAMENTO DO LIVRO “EDUCAÇÃO- UMA VISÃO DA ARE “

Na manhã do dia 28 de novembro de 2015, sábado, às 10h30, foi realizado o lançamento do livro EDUCAÇÃO – UMA VISÃO DA ARE, nas dependências do Colégio Anchieta, rua Camilo de Mattos, 2211- Jardim Paulista.
A abertura ficou por conta do Presidente do sodalício, Luiz Carlos Moreno e do vice, João Alberto de Andrade Velloso.
O Patrono da Cadeira no. 35, Waldomiro Waldevino Peixoto comentou sobre a importância do livro : um divisor de águas ( leia texto abaixo).
Estiveram presentes acadêmicos e patronos da ARE, e seus convidados e familiares.
Na oportunidade cada participante do evento recebeu um exemplar da obra e cada acadêmico que participou da antologia ( foram 22) recebeu 10 exemplares.
Foram prestadas homenagens especiais para a acadêmica Melânia Dala Torre (patrocinadora) , Renata Canales (jornalista que fez as entrevistas constantes do livro) e para a acadêmica Marilda Franco de Moura ( revisora final do livro).
O jornalista Murilo Pinheiro conduziu a cobertura feita pela Revista Revide.

UM DIVISOR DE ÁGUAS
“Agora vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós (…) e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros.” (Tess, 5, 12-13)

O livro Educação Uma visão (da ARE), Editora Legis Summa Ltda., 228 páginas, Ribeirão Preto -SP, é uma grata surpresa. Como quase todas as coletâneas de autores diversos, seu conteúdo é irregular. Essa irregularidade, aqui, nada tem de demérito e devemos elidir o sentido pejorativo que o termo porventura possa sugerir. É, antes de tudo, seu grande mérito. Sua irregularidade decorre da diversidade de enfoques, uns mais acadêmicos, outros nem tanto, muitos deles profundamente pessoais (ou seria mais adequado ‘confessionais’?).
No Prefácio, o Professor Luiz Carlos Moreno, Presidente da ARE – Academia Ribeirão-pretana de Educação, já avisa que “Cada autor ficou liberado de qualquer convenção ou norma para escrever seu texto.”. Ele viu que isso era bom, assim se fez, assim se consumou esta primeira edição, certamente histórica.
A obra, no entanto, é orgânica: o Professor Antonio Carlos Tórtoro registra com precisão a história da fundação da ARE (indispensável para quem vai ter seus primeiros contatos com esse sodalício), inclusive seu Hino que nos mostra sua grande missão: in totum hominem promovere. Apresenta a relação de patronos, acadêmicos e suas diretorias desde a primeira provisória. E registra, muito oportunamente, os Grandes Momentos da ARE, sempre com a paixão que caracteriza todo grande educador. O Professor Tórtoro é educador na legítima acepção do termo.
O corpus dessa coletânea possui duas grandes sessões: os artigos propriamente ditos e as entrevistas. Se os primeiros colocam ideias primorosas sobre o tema, as segundas revelam aspectos pessoais muito interessantes sobre os educadores autores.
O primeiro artigo sobre as IES – Instituições de Ensino Superior, das educadoras Cláudia Baldo, Dulce Guimarães e Débora Vendramini, surpreende pela riqueza e pertinência de conteúdo, quando coloca questões relevantes para o momento por que passa o Ensino Superior. O segundo artigo “A Educação. Como vai?”, de Ely Vieitez Lisboa, de caráter menos acadêmico e mais confessional, mantém a excelência das ideias e pertinência dos questionamentos. Assim, seguem todos os artigos, cada qual com pontos de vistas muito particulares, instigantes, diversos entre si, mas unidos por alguns pontos recorrentes, como certo descaso das políticas públicas, a condição de trabalho do professor bastante precarizada e a remuneração não condizente com a importância e valor da profissão de educadores quando comparada com outras profissões igualmente nobres e fundamentais para a sociedade.
Há, no entanto, um grande ponto em comum, um fio condutor de todos os artigos e entrevistas: a certeza de que a Educação é o mais eficiente e eficaz caminho para a construção de uma grande nação. Todos os educadores revelam-se soldados da esperança, que não desistem frente às dificuldades que a profissão (ou seria vocação?) oferece. “Esperança é a mais poderosa arma para mudarmos o mundo… Esperança, força, sempre em frente!” (Melânia Dalla Torre).
Há centenas de citações grifadas por nós durante a leitura desta coletânea. Selecionamos uma única, por entendermos ser uma das mais seminais entre todas e que, de certa forma, sintetiza o que todos pensam sobre o papel do Educador: “A tarefa mais difícil (do professor) é ensinar a pensar.”. (Maria Débora Vendramini Durlo).
Não receamos em dizer que esta primeira obra marcará, indelevelmente, a História da ARE, pela riqueza de ideias, conceitos e questionamentos, que ressurgirão enriquecidos em futuras coletâneas. É um divisor de águas. Estamos convencidos piamente disso.
Sentimo-nos honrados de fazer parte desta coletânea, em que pese sermos um educador extramuros, pelas circunstâncias de vida e de oportunidade profissional.
A todos os colegas, a nossa profunda admiração e respeito.

Waldomiro W. Peixoto
Patrono da Cadeira 35

Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia de Ribeirão Preto.

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